terça-feira, 28 de julho de 2009

FIM

E quando tuas palavras tiverem fim
E não souberes mais oque fazer
Não tem problema,
Cole teu corpo junto ao meu
Como se esta fosse a última vez que estivesses sentindo meu calor
Beijes meus lábios
Como se fosse a última vez que estivesses sentindo meu gosto
Sintas meu cheiro
Como se isto fosse tão importante quanto o ar que respiras
Olhes nos meus olhos
Como se pudesses, através deles, penetrares na minha alma
Digas
"Eu te amo" como se esta fosse a última vez que pudesses pronunciá-lo
E se teu coração lhe incendiares por fim,
E se do teu amor por mim
Não lhe restares mais nada
Em teu coração
Hei de então me contentar
Com teu amor do amor somente
Pois este,
Mesmo em seu triunfante fim
Não foi negado à mim
"Falecendo no triunfo, como fogo e pólvora que em um beijo se consomem"

sábado, 25 de julho de 2009

Mudanças

E dentre as maravilhas do mundo, lá está ele
O crepúsculo que divide
O doce dia
Da indomável noite
Com suas cores anis, rosas, vermelhas, alaranjadas
Que misturadas, todos os dias criam este que sinaliza
O fim de uma jornada, começo de outra
Te prepara para sair do conforto do dia
Para a incerteza da noite
E se tens medo da escuridão, não se esqueças:
Sem ela, não podríamos ver as estrelas.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Amor?

Você diz que não me quer,
Diz que mesmo que em prantos eu me afunde não se importará
Diz que nosso amor não morreu
Porque nunca existiu
Diz uma imensidão de palavras,
Sem nexo, sem sentido
Tua boca pronunciastes que me odeia
Mas em teus olhos
Uma chama incendeia
Pretos como carvões
Quentes como as brasas de uma chama
Mas gentis como uma brisa de verão
Estes não mentem
Estes exbanjam toda
A verdadeira adoração
Que tu alimentastes por mim
E entre palavras em vão,
Teus olhos não escondem a promeça
Que queima,
Que queima mais do que as chamas
Pois teu coração selou
A promeça de ser o meu melhor não-amigo
Não somos amigos
Somos algo a mais
Pergunte para tua alma
Responda por teus olhos

sábado, 18 de julho de 2009

Extintos

E agora a garotinha cresceu.
Seus cachos castanhos sedosos estão mais longos, seu corpo bem definido, com curvas que a pouco tempo não estavam lá. Ela anda esbanjando graça, segue regras de etiqueta, é educada, mas dentro de si tem algo a mais.
Tem algo felino, sagaz, cuidadoso, perigoso...que pode ser adjetivado das mais diversas maneiras, mas expressado, apenas unicamente. É quando a garotinha deixa de existir, corre pelo quintal como se estivesse em um imenso campo, seus cabelos ao vento como se estivesse sobre as rajadas de uma tempestade, seus pés descalços alcançando velocidades incríveis com uma graça tão afiada quanto a precisão, sua mente direcionada a correr, correr e correr, sem saber para onde vai, sem saber seu destino, sem saber quando vai voltar ou ao menos sem ter consciência do que está deixando para trás. Sua mente pode estar confusa, mas sua alma não, o único lugar onde seus extintos têm força maior, onde eles são guiados por algo de infinita sabedoria, por alguém que como os raios do sol a aquecem por dentro.