E agora a garotinha cresceu.
Seus cachos castanhos sedosos estão mais longos, seu corpo bem definido, com curvas que a pouco tempo não estavam lá. Ela anda esbanjando graça, segue regras de etiqueta, é educada, mas dentro de si tem algo a mais.
Tem algo felino, sagaz, cuidadoso, perigoso...que pode ser adjetivado das mais diversas maneiras, mas expressado, apenas unicamente. É quando a garotinha deixa de existir, corre pelo quintal como se estivesse em um imenso campo, seus cabelos ao vento como se estivesse sobre as rajadas de uma tempestade, seus pés descalços alcançando velocidades incríveis com uma graça tão afiada quanto a precisão, sua mente direcionada a correr, correr e correr, sem saber para onde vai, sem saber seu destino, sem saber quando vai voltar ou ao menos sem ter consciência do que está deixando para trás. Sua mente pode estar confusa, mas sua alma não, o único lugar onde seus extintos têm força maior, onde eles são guiados por algo de infinita sabedoria, por alguém que como os raios do sol a aquecem por dentro.
sábado, 18 de julho de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário