quarta-feira, 31 de março de 2010

Agridocemente odioso

Porque me olhas com tanta ternura?
Teu amor é tão puro, cortês
Teu olhar apenas resume isto
Oh! Sou humana, errei demais
Você sabe que isso me deixa doida
Você sabe exatamente o que eu quero
Você faz sempre o que eu não espero;
Mas isso se inclúi em uma perfeição
Pois amo o jeito de que tuas surpresas
Atiçam minha alma
Mas mesmo assim, tudo acaba por ser
Tão previsível,
Do jeito que eu gosto;
Algum dia, dizem as más línguas que nos
Observam com olhares que não compreeendem,
Esse seu efeito sobre mim cessará
E seu beijo não mais me deixará fraca
Mas exatamente por eu também
Odiar o quanto amo-o, e pelo fato
De que só você é capaz de me entender,
Acho que ambos sabemos que esse efeito
Nunca cessará, que eu nunca deixarei você;
É incrível, teu beijo contiunua me afetando
E você sabe o poder que tem sobre mim
E isso, eu odeio, de um jeito agridoce
Um jeito tão certo;
Tão amargo como a incredibilidade,
Tão doce quanto o perdão
Este último, sempre se encontra em teus olhos ;
Oh! mas só me resta admitir
Amo o jeito que me olhas,
O jeito que me amas,
O jeito como odeio não conseguir deixar você partir;
E mesmo assim, sei que até a última das minhas
Golfadas de ar, ainda não terei desistido de lutar
Contra nosso amor, pois se não lutasse,
E me entregasse de modo integral à esta paixão,
Incondicionalmente, morreria aos poucos em cada
Minuto de separação, em que não existisse
A possibilidade de minha alma entrar em comunhão
Com a tua, em cada beijo, em cada olhar ;
E dentre o espaço de nossos beijos,
veja mas que curioso:
O amor que acabei de descrever como sendo
Tão agridoce e tão contraditório, une-se
Em um único espaço,
Em um único significado;
Este último não vou explicar,
Basta você algum dia amar.

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