sexta-feira, 14 de maio de 2010

Brancura vital

Não acreditei
Nas notícias
de
Hoje
Fecho os olhos
Agridoces
Os lábios
Cegos
Domingo
Sangrento
É a vermelhidão
Por toda parte
Mas óhh!
Quando virão as pombas
Será que estas ainda são
Brancas?
A vermelhidão parece partir
Não mais de nossos corações
Mas de nossas lágrimas
Limpe suas lágrimas
Domingo, sangrento domingo
Pois é,
Acho que as pombas não virão
Acho que tudo o que temos são
Abutres
Mas se observarmos nas copas
Das árvores lá estão as lagartas
É um começo,
É a metarmofose
Mas sentemos para o chá
Durante o qual...
Ohh! Enxugue suas lágrimas
Tingidas de vermelho
Aqui ainda resta o branco
Pois acreditemos que todas
As cores do mundo se fundirão
Em uma
Por mais diversas ques sejam
Estamos todos no mesmo capítulo
Observemos então, a redundância
Das ondas
E contemplemos "a eternidade do
próprio movimento da vida"

Nenhum comentário:

Postar um comentário