sexta-feira, 14 de maio de 2010

Brancura vital

Não acreditei
Nas notícias
de
Hoje
Fecho os olhos
Agridoces
Os lábios
Cegos
Domingo
Sangrento
É a vermelhidão
Por toda parte
Mas óhh!
Quando virão as pombas
Será que estas ainda são
Brancas?
A vermelhidão parece partir
Não mais de nossos corações
Mas de nossas lágrimas
Limpe suas lágrimas
Domingo, sangrento domingo
Pois é,
Acho que as pombas não virão
Acho que tudo o que temos são
Abutres
Mas se observarmos nas copas
Das árvores lá estão as lagartas
É um começo,
É a metarmofose
Mas sentemos para o chá
Durante o qual...
Ohh! Enxugue suas lágrimas
Tingidas de vermelho
Aqui ainda resta o branco
Pois acreditemos que todas
As cores do mundo se fundirão
Em uma
Por mais diversas ques sejam
Estamos todos no mesmo capítulo
Observemos então, a redundância
Das ondas
E contemplemos "a eternidade do
próprio movimento da vida"

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Eternamente meu

Corro, corro, corro
Sinto o vento gélido
Beijando docemente
Minha nuca,
A qual antes
Se acalentava, pois
A raiva me invadia;
Mas veja!
Estou dentre a mais
Pura enganação de
Liberdade
Esta só não é verdadeira,
Pois a única razão para
Que de mim mesma eu seja
Livre, não está mais aqui;
Mas oh!
Irrelevantes são os motivos,
Já que tão lindos e emocionantes
São os resultados,
Que se dão enquanto meus pés
Tocam a maciez da terra,
Tão materna, de onde
Vim, e para onde vou
Oh! mas que tristes
São as lágrimas que
Insistem em cair!
Mas são tão belas,
Estão purificando
A minha já tão
Atordoada alma;
Estou aqui sem você
Mas espere amado!
O rio tão gélido
E brincalhão
Me chama
Para participar
De sua canção de
Louvor aos amantes
E juntos, apenas nós
Meu amado,
Estaremos no lado escuro
Da Lua, nos amando
Incondicionalmente
Durante todo seu período
E quando em fim,
For a hora de acordar,
Sua imagem ainda estará
Na minha mais doce
Memória
Durante meu sonho
Eterno.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Agridocemente odioso

Porque me olhas com tanta ternura?
Teu amor é tão puro, cortês
Teu olhar apenas resume isto
Oh! Sou humana, errei demais
Você sabe que isso me deixa doida
Você sabe exatamente o que eu quero
Você faz sempre o que eu não espero;
Mas isso se inclúi em uma perfeição
Pois amo o jeito de que tuas surpresas
Atiçam minha alma
Mas mesmo assim, tudo acaba por ser
Tão previsível,
Do jeito que eu gosto;
Algum dia, dizem as más línguas que nos
Observam com olhares que não compreeendem,
Esse seu efeito sobre mim cessará
E seu beijo não mais me deixará fraca
Mas exatamente por eu também
Odiar o quanto amo-o, e pelo fato
De que só você é capaz de me entender,
Acho que ambos sabemos que esse efeito
Nunca cessará, que eu nunca deixarei você;
É incrível, teu beijo contiunua me afetando
E você sabe o poder que tem sobre mim
E isso, eu odeio, de um jeito agridoce
Um jeito tão certo;
Tão amargo como a incredibilidade,
Tão doce quanto o perdão
Este último, sempre se encontra em teus olhos ;
Oh! mas só me resta admitir
Amo o jeito que me olhas,
O jeito que me amas,
O jeito como odeio não conseguir deixar você partir;
E mesmo assim, sei que até a última das minhas
Golfadas de ar, ainda não terei desistido de lutar
Contra nosso amor, pois se não lutasse,
E me entregasse de modo integral à esta paixão,
Incondicionalmente, morreria aos poucos em cada
Minuto de separação, em que não existisse
A possibilidade de minha alma entrar em comunhão
Com a tua, em cada beijo, em cada olhar ;
E dentre o espaço de nossos beijos,
veja mas que curioso:
O amor que acabei de descrever como sendo
Tão agridoce e tão contraditório, une-se
Em um único espaço,
Em um único significado;
Este último não vou explicar,
Basta você algum dia amar.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Última vez

Quando me deito me lembro
Me lembro de coração partido
Mas grata
Eu tentei ser paciente
Mas estou profundamente perdida
Por dentro de mim mesma
Eu tenho medo da solidão
E do silêncio pois ele grita
Grita a verdade
Eu preciso que você me abrace
Mas doi demais
Demais
Estou perdida nesse sonho
E preciso que você me segure
Mas não posso
Preciso experimentar seus lábios
Só mais uma vez
E me perder no teu calor
Mas não posso
Porque não quero mais
Dói demais
Consigo pintar teu olhar
De olhos fechados e
Mãos amarradas
Por que gosto do jeito
Que você me olha
Ou olhava
Agora perdi metade de mim
Para ela
Sendo que não tenho nada a ver
Com ela
Porque você mentiu para mim
Isso dói...demais
Mas mesmo assim
Flutuando na imensidão da minha solidão
Nesta água gélida e cortante
Meu pulso forte
Minha respiração fraquejando
Desejo que você me segure
Para que meu coração pare
Pare só mais uma vez.